Trono de Vidro - Opinião

Título: Trono de Vidro

Autor(a): Sarah J. Maas

Editora: Marcador

Sinopse: Numa terra em que a magia foi banida e em que o rei governa com mão de ferro, uma assassina é chamada ao castelo. Ela vai, não para matar o rei, mas para conquistar a sua própria liberdade. Se derrotar os vinte e três oponentes em competição, será libertada da prisão para servir a Coroa com o estatuto de campeão do rei - o assassino do rei. O seu nome é Celaena Sardothien.

O príncipe vai provocá-la. O capitão da Guarda vai protegê-la. Mas um halo maléfico vagueia no castelo de vidro - e está lá para matar. 

Quando os seus concorrentes começam a morrer um a um, a luta de Celaena pela liberdade torna-se numa jornada inesperada para expor um mal antes de que este destrua o seu mundo.

Trono de Vidro é uma série da qual oiço falar há muito tempo e na sua maioria, os comentários que vejo são sempre positivos. Verdade seja dita, só há bem pouco tempo adicionei este livro à minha tbr porque foi também há pouco tempo que comecei a ler mais livros em inglês e, parecendo de propósito, na mesma altura soube que o livro ia ser editado em português. Mesmo assim adiei a sua compra e acabei por recebê-lo como prenda de anos.

Quando comecei, finalmente, a ler o livro, ia toda entusiasmada porque só estava à espera que algo de fantástico saísse das suas páginas. Por outro lado, também ia cheia de medo de ficar desiludida. Mas o livro não me desiludiu nem um bocadinho e todo o hype à sua volta é completamente compreensível e merecido (na minha humilde opinião).

O início do livro e o continuar da história é feito quase sempre num ritmo, não diria lento, talvez constante, ficando muito mais emocionante em certas passagens, mas acho que é um ritmo perfeito para este livro. Não ficamos a saber nem muito nem pouco sobre as suas personagens, mas sim o suficiente para este primeiro livro. A autora dá-nos a oportunidade de perceber tudo, não nos sobrecarregando com informação.

Quanto às personagens, obviamente há aquelas que adorei desde que apareceram pela primeira vez e aquelas que surtiram o efeito oposto e que odiei.

Odiei o Rei, o Duque Perrington e a Kaltain desde que apareceram. A Rainha não posso dizer que tenha odiado, odiei mais a forma como ela tratava o filho, como falava com ele e queria que ele seguisse as suas ideias.

Depois temos as personagens que formam um triângulo amoroso, triângulo esse que não me chateou como acontece muitas vezes, talvez porque uma das partes não assume que está interessada e tudo acontece de uma forma natural. 

Adorei a Celaena. Mesmo sendo ela uma assassina, é impossível não simpatizar logo com ela, ter pena por tudo o que sofreu e torcer para que ela triunfe. É uma personagem muito forte e muito bem enquadrada neste livro.

O Dorian fez-me uma certa comichão desde o início. Nem sei explicar muito bem porquê, já que gosto da sua personagem, vê-se que ele é uma boa pessoa e que quer governar de maneira diferente do pai. Talvez sejam algumas coisas que diz e as suas relações com as mulheres. Nunca torci pela sua relação amorosa com a Celaena e fiquei contente quando, quase no fim, ela diz que não podem continuar juntos.

O que nos leva à outra ponta do triângulo: Chaol, o Capitão da Guarda, que ao contrário do Dorian me cativou desde que apareceu. Ele até pode ser resmungão, um pouco calado, levar o seu tempo a admitir que gosta da Celaena e que a quer proteger, mas é impossível não gostar dele. Ele é a coisa mais fofa deste livro! (Team Chaol for the way!) Espero que de alguma maneira, as coisas entre ele e a Celaena dêem certo e que ela se porte bem para ele não acabar morto.

E acho que é isso! Não sei muito mais o que escrever porque gostei mesmo do livro. Só mesmo lendo é que percebem o porquê de todo o entusiasmo, isto é, esperando eu que gostem tanto como eu gostei.

Queria tanto ler já a continuação, Crown of Midnight, mas como não quero "estragar" a colecção comprando o livro em inglês, vou (des)esperar até a Marcador editá-lo em Portugal.