Título: The Kiss of Deception
Série: The Remnant Chronicles #1
Autora: Mary E. Pearson
Editora: Square Fish
Sinopse: In a society steeped in tradition, Princess Lia's life follows a preordained course. As First Daughter, she is expected to have the revered gift of sight—but she doesn't—and she knows her parents are perpetrating a sham when they arrange her marriage to secure an alliance with a neighboring kingdom—to a prince she has never met.
On the morning of her wedding, Lia flees to a distant village. She settles into a new life, hopeful when two mysterious and handsome strangers arrive—and unaware that one is the jilted prince and the other an assassin sent to kill her. Deception abounds, and Lia finds herself on the brink of unlocking perilous secrets—even as she finds herself falling in love.
Contém Spoilers
Há quase um ano que este livro apareceu aqui num Friday Finds e acho que também já apareceu num post do Top Ten Tuesday. Mas já tinha ouvido falar dele antes disso e desde essa altura que queria muito lê-lo. Quando me decidi, finalmente, a fazer uma compra mo Book Depository, esta foi logo uma das primeiras escolhas para a minha encomenda.
TKoD conta-nos a história da Princesa Arabella Celestine Idris Jezelia, Lia para os mais chegados.
Lia é uma First Daughter e espera-se que tenha um certo dom, que se pode manifestar das mais variadas formas (visões, no caso da sua mãe, que também é uma Primeira Filha)... mas que ela não tem!
Para segurar uma aliança com um reino vizinho, os seus pais arranjaram um casamento com um príncipe que Lia nunca viu. Mas como a nossa princesa quer lutar por tudo aquilo em que acredita; ter direito a fazer as suas escolhas e não alguém que as faça por ela; e não quer um casamento arranjado com um homem velho, mas sim um casamento por amor, com alguém que ela possa ir conhecendo, acaba por fugir na manhã do seu casamento.
Lia foge para Terravin mas não o faz sozinha. Foge com Pauline, sua criada e amiga e demoram mais tempo que o previsto a chegar à antiga terra de Pauline, para tentar criar pistas falsas e despistar quem as podes seguir.
Em Terravin, Lia e Pauline encontram Berdi, a tia desta última, que lhes dá um sítio para dormir e trabalho no seu estabelecimento a servir às mesas.
Ao mesmo tempo, o Príncipe de Dalbreck (que afinal é apenas um jovem como Lia e não um velho como ela pensava), descobre que esta fez aquilo que ele não teve coragem para fazer, fugir. O Príncipe, envergonhado por tudo o que passou, decide então segui-la com a ideia de não lhe dirigir a palavra, apenas tentar perceber o porquê de tudo se ter desenrolado desta forma.
Por outro lado temos o melhor Assassino de Venda, o reino inimigo, que foi enviado para matar a nossa Princesa.
Estes dois encontram-se pelo caminho e chegam juntos a Terravin. Acabam por entrar no local onde Lia se encontra a trabalhar e esta acha-os bastante atraentes. Apresentam-se como Rafe e Kaden e ambos sabem quem ela é, mas ela não sabe quem eles são. E o leitor também não.
Existem vários pontos de vista nesta história. O de Lia é, obviamente, o mais fácil de identificar porque não há mistérios, é apenas ela a contar a sua história. Depois temos os pontos de vista do Príncipe e do Assassino. E até aqui tudo bem se, conforme se apresentam como Rafe e Kaden, descobríssemos quem é o príncipe e quem é o assassino, mas não, tudo fica envolto num mistério e cabe ao leitor tirar as suas conclusões.
Isso foi das coisas que me fez mais confusão na história porque tão depressa achava que um deles podia ser o assassino como poderia ser o outro. Por certas coisas até me inclinei mais para um deles, mas depois mudava de ideias.
Se tivesse prestado mais atenção logo desde o início, talvez tivesse descoberto mais cedo as verdadeiras identidades de cada um, mas como tanto mistério me estava a comunicar com os nervos, levei um certo tempo a perceber. mas no fim até acabei por estar certa.
Voltando à história...
Com o avançar do tempo em Terravin, Lia pensa que não há perigo por estar ali e tenta levar uma vida normal como uma simples empregada. Mas não há nada de normal em Lia, já que atrai demasiadas atenções e o seu kavah (uma tatuagem temporária feita para o seu casamento) teima em não desaparecer por completo. Lia começa também a interessar-se por Rafe e tanto este como Kaden estão interessados na nossa princesa.
Já Pauline descobre que está grávida de Mikael, um soldado do exército do pai de Lia. Pauline pensava que ele iria regressar em breve mas com o passar do tempo e sem notícias, espera o pior. Aquando de uma visita do seu irmão Walther e descobrindo a verdade, Lia acaba por mentir a Pauline e dizer que Mikael morreu. Isso não aconteceu, mas o rapaz é um mulherengo que afinal não está interessado em voltar para Pauline.
Há um triângulo amoroso nesta história, sim, mas não é daqueles que me incomodem muito. Se no início eu torcia para que Lia se interessasse por Kaden porque ele parecia mais sensível e o Rafe mostrava outras características, com o passar da história torci pelo Rafe. E é tão bonito ver o amor destes dois a nascer.
Numa reviravolta na história, Lia descobre que as coisas não estão tão bem como o seu irmão Walther a tentou convencer e acaba por decidir voltar para casa. Pauline não a deixa ir sozinha e acompanha-a.
É aqui que descobrimos, finalmente, quem é quem. Kaden aparece com outros homens, rapta Lia e deixa Pauline voltar a Terravine - afinal é ele o Assassino. E quando Rafe chega para se despedir de Lia, é tarde demais.
No resto da história vemos Kaden e o seu bando a levar Lia para Venda. Era suposto ele ter assassinado a rapariga, mas como acabou por se apaixonar por ela, mentiu para a salvar, dizendo que ela tem o dom e pode ser muito útil em Venda. Já Rafe (o Príncipe), numa corrida contra o tempo tenta seguir o rasto de Lia e salvá-la das mãos destes assassinos.
Gostei bastante destas personagens, são todas muito fortes e todas elas evoluem ao longo do livro. Mas acho que as minhas preferidas são mesmo a Lia e o Rafe. Mas tenho medo, porque muitas vezes os autores não se voltam para a personagem masculina de quem eu gosto.
Quanto ao livro em si, acho que a "primeira parte" é calma e apesar de acontecer muita coisa, a história não se desenvolve assim tanto. Na "segunda parte", quando Lia é raptada, as coisas desenvolvem mais e há muito mais acção.
No geral gostei bastante do livro e estou arrependida de não ter comprado logo o segundo. Só não dei mais pontuação pelo mistério que referi acima.
